Pois é, os dias foram seguindo, eu já
trabalhava a praticamente 6 meses, habituada com todos e com tudo. Pelo menos
deveria ser assim.
Entretanto, havia uma coisa que incomodava muito, tanto a
mim, quanto ao restante dos operadores, todos detestávamos os chamados caixa-rápido.
Acontece que esse caixa é destinado a passar compras em pequena quantidade, no
máximo 10 volumes.
E você diz: Tá e daí?
Eu já te explico, você chega, corre para
fila, e quando chega tua vez de ser atendido, o sistema falha, ou a bobina
acaba, e o pior de tudo, fica sem troco ou é obrigado a ficar esperando por
ele. Não posso esquecer de mencionar da tiazinha que volta para buscar algum
produto e o próximo cliente te fuzilando com o olhar, esperando a vez dele.
Mas tudo isso não é tão estressante
quanto a expectativa da conferência do caixa. Quando o movimento a ser
conferido era o do caixa-rápido, era pior, pois passávamos mais compras, a
possibilidade de erro era maior. Sempre que o expediente acaba, deve ser
conferido o caixa, juntamente com o responsável, mas sempre ficava no deve. Então
todos os dias ficávamos esperando sobre a possibilidade de quebra de caixa, e
claro, se decidissem que estava errado, pagava o erro.
Se você conhece a música que a Zélia cantava
“Eu só peço a Deus um pouco de malandragem, pois sou criança...”, saiba que fiz
a minha própria versão:
“Eu
sou peço a Deus
Um
pouco de paciência
Pois
sou novata, como operadora de Caixa
O
Caixa-rápido é ruim demais..”
Pode rir mesmo, faz bem sorrir, a vida
tem dessas coisas. Ah, parece que foi ontem tudo isso...mas ainda não acabou, o
show vai continuar.
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