Bom, cada dia que passava eu me sentia
mais a vontade com o emprego, eu finalmente já estava efetivada na empresa. Os clientes
passavam normalmente por mim, aliás, alguns preferiam passar as compras em meu
caixa, perguntavam-me se era para valer, eu sorria e dizia : sim, é pra valer.
Então passava as vezes 3 carros cheios de um só cliente.
Não existia nada que me tirasse a
alegria nesses dias, eu estava conhecendo novas pessoas, estava reencontrando
inclusive colegas de classe, achava bom que o fim de expediente chegasse, pois aproveitávamos
para sair, ouvir música, comer e beber.
Também estava muito animada, pois minha autoestima
estava sendo consolidada, os fantasmas estavam indo embora, e eu não me
importava de estar aprendendo, estava muito disposta.
Acho que existiam apenas duas coisas que
me incomodavam realmente : passar da hora do expediente e depender de
transporte, principalmente durante a noite. Eu considerava um pouco tarde para
pegar ônibus após 22:00, ainda hoje faço de tudo para não pegar transporte
tarde da noite (um dia terei um carro, não é possível).
Também não esqueço uma coisa muito
bacana, foi um curso de auto maquiagem ofertada as colaboradoras interessadas,
eu não sou muito vaidosa (na minha opinião só vale a pena se você tem dinheiro para
isso, nunca gostei de bancar ou que não sou), mas aproveitei bem a oportunidade
e é mais uma coisa que hoje sei fazer.
Como resultado do emprego, logo comecei a
comprar coisas que eu gostaria de trocar em casa, como um novo aparelho de som,
uma nova tv, novos sapatos, cada coisa no seu tempo, quero dizer que comecei a virar
de fato uma consumidora.
Foi nessa época que abri uma conta em
banco pela primeira vez. É bastante prazeroso chegar em algum lugar e decidir
sozinha como fazer uso da remuneração que você ralou para conseguir, eu
estava na transição, saindo do ninho da mãe e tomando minhas próprias decisões.
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